A miocardite é uma doença que se caracteriza pela inflamação do músculo do coração chamado miocárdio. Em 80% a 90% das vezes, a miocardite é causada por vírus. Nos demais casos, pode ocorrer devido a bactéria, fungo, protozoário e até mesmo após a realização de vacina.
Aqui no nosso site, você encontra um post completo com muitos detalhes sobre o que é a miocardite, porque ela acontece e como é feito o diagnóstico.
Agora, você sabe qual é a relação entre a miocardite e a COVID-19?
A maioria dos casos de miocardite são provocados por infecções virais e o mesmo aconteceu com o Sars-CoV-2. Dessa forma, logo no início da pandemia de COVID -19 os médicos começaram a diagnosticar a miocardite nos pacientes infectados pelo coronavírus.
Hoje, alguns estudos já apresentaram novos dados e outros continuam em andamento para compreender melhor a relação entre as duas doenças.
Verdade. Um estudo divulgado recentemente pelo CDC dos Estados Unidos demonstrou que pessoas infectadas pelo coronavírus tiveram 16 vezes mais chances de ter miocardite em comparação a pessoas não infectadas.
O estudo usou dados de mais de 900 hospitais nos Estados Unidos entre 2020 e 2021.
Os pesquisadores ainda não sabem o mecanismo dessa associação entre miocardite e COVID, por isso novos estudos seguem em andamento.
Verdade. De acordo com observações feitas pela equipe do Laboratório da Unidade de Miocardiopatias do Instituto do Coração, em São Paulo, a miocardite relacionada à COVID é significativamente diferente, agredindo o músculo do coração de outra forma.
Em aula do Congresso Virtual da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP, foram apresentados dados de um estudo realizado na China com 150 pacientes, sendo que, dos que
morreram, 33% tinham acometimento cardíaco, além do respiratório. E 7% dos que morreram tiveram apenas a lesão cardíaca, o que demonstra uma agressão primária e secundária do miocárdio provocadas pelo vírus Sar-CoV-2.
Incorreto. Os cardiopatas foram considerados grupo de risco desde o início da pandemia e também foram os primeiros a serem vacinados, pois a experiência demonstrou que as doenças cardíacas poderiam ser agravadas pelo vírus, que também atinge o coração.
Hoje,
as vacinas são de extrema importância para todas as pessoas e o objetivo é proteger coletivamente toda a sociedade com todas as pessoas imunizadas, diminuindo assim a disseminação do vírus e os casos com sintomas graves.
Mesmo as vacinas que usam a tecnologia de RNA mensageiro, como a da Pfizer, apresentam risco mínimo de desenvolvimento de miocardite, sendo a proteção que ela oferece muito mais significativa para evitar os danos causados pela COVID-19 aos pacientes cardíacos.
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